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sábado, 5 de outubro de 2013

Audrey Hepburn

DUH Quando falamos em mocinhas da ficção, logo pensamos em atrizes como Mariana Ximenes, Giovana Antonelli, Julia Roberts ou Sandra Bullock. Mas, há mais de meio século, o mundo reverenciava a beleza e o talento de Audrey Hepburn, uma das primeiras grandes mocinhas do cinema internacional. E por isso, vamos ver a carreira de uma das maiores e mais respeitadas atrizes que já passaram por Hollywood.

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DUH É impossível não se encantar com o talento e o carisma desta atriz, que conquistou o mundo e foi um dos maiores ícones de beleza durante o século XX. Audrey Hebpurn nasceu em 1929, começou a trabalhar no cinema em meados da década de 50 e logo cedo, aos 24 anos, conquistou um Oscar de Melhor atriz pelo seu trabalho no filme "A Princesa e o Plebeu". No longa, Audrey interpretou uma princesa que, numa visita a Roma, cansada da pompa e dos compromissos da realeza, tem uma crise nervosa e foge. Vivendo anonimamente por um dia, a princesa conhece um repórter, plebeu, interpretado por Gregory Peck, que na época era uma espécie de Reynaldo Gianecchini e arrancava suspiros das mocinhas do mundo todo. Esta comédia romântica fez muito sucesso e projetou Audrey Hepburn para o mundo, que a partir de então, não parou de trabalhar e interpretar inúmeros personagens não apenas marcantes como também desafiadores. 

Filmou mais alguns romances açucarados, foi indicada ao Oscar pela segunda vez ao atuar em "Sabrina" e em 1959 a atriz encantou plateias ao interpretar uma jovem que abandona sua confortável vida para tornar-se freira em "Uma Cruz à Beira do Abismo". Indicada ao Oscar mais uma vez por este filme, Hepburn passou a ser cada vez mais respeitada e admirada em Hollywood. Mas foi em 1961 que veio o seu maior sucesso em um dos grandes clássicos do cinema mundial: "Bonequinha de Luxo". O filme não só rendeu a ela mais uma indicação ao Oscar, como também elevou ainda mais o status da bela atriz, que era sinônimo de moda e beleza e servia de inspiração para as mulheres daquela época. 

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No decorrer da sua carreira, Audrey Hepburn traduzia para as telonas a sua delicadeza, seu sorriso apaixonante e sua enorme sensibilidade e naturalidade diante das câmeras. Conquistou ainda mais notoriedade por sua versatilidade artística no musical "Minha Bela Dama, no polêmico "Infâmia", onde junto com Shirley MacLaine interpretou duas professoras acusadas de lesbianismo e em "Um Clarão nas Trevas", quando foi indicada pela última vez ao Oscar.

Em 1987, ao tornar-se embaixatriz da UNICEF, deixou o cinema de lado e passou a dedicar a sua vida em incansáveis missões por vários países pobres do mundo. Até hoje ela é lembrada por sua grande generosidade, elegância e altruísmo ao desempenhar sem vaidade nenhuma e com muito vigor a sua missão em prol dos mais necessitados. Durante a sua nova jornada, em 1992 ela foi diagnosticada com um câncer terminal e veio a falecer pouco tempo depois, em janeiro de 1993, aos 63 anos.

Em 2009, Audrey foi considerada a atriz de Hollywood mais bonita da história. Mas, mais do que sua beleza física, Audrey Hepburn deixou para nós muito mais do que sua apaixonante marca no cinema, deixou um exemplo de caráter e personalidade que jamais será esquecido.

Agradecimentos: Starz - ETV

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

As cores de Almodóvar

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Pedro Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele e nem a sua família tinham dinheiro para pagar os seus estudos. E isso é algo incrível vindo de um homem, que hoje aos 63 anos, ostenta 2 Oscar, 2 Globo de Ouro, 4 BAFTA, 4 prêmios do Festival de Cannes e seis Goya (prêmio máximo do cinema espanhol). 

Nascido na Espanha, Almodóvar é respeitado e admirado por amantes de cinema por todo o mundo, com suas histórias fortes, cheias de cores, humor irreverente, polêmicas e personagens conflituosos.

Psicopatas, traições, gays, travestis, lésbicas, doentes, pessoas que se deparam com limites físicos ou mentais, loucura, desejo, paixão, personagens surtados, situações surreais e excentricidade são presenças constantes em seus filmes.

No início de sua carreira, Almodóvar se destacou com o longa "A Lei do Desejo" (1987), que já retratava a sexualidade humana de uma forma nua e crua e contou ainda com Antonio Banderas em seu elenco (Banderas, que por sinal, foi revelado ao cinema internacional pelo próprio Almodóvar). 

Depois veio o delicioso "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos" (1988), mostrando várias mulheres tresloucadas num redemoinho de emoções e situações exageradas, que rendeu finalmente ao diretor a consagração mundial, sendo indicado como o melhor filme estrangeiro no Oscar, Globo de Ouro e BAFTA. Recomendo a todos este filme, que é um dos meus preferidos, por ser carregado não apenas no drama mas também na comédia. E esta é mais uma das características marcantes do diretor, que mistura diversos gêneros em um só, de uma forma magistral.

Após alguns sucessos, Almodóvar alcançou a sua maturidade artística e passou a ser cada vez mais respeitado no cinema por uma de suas grandes obras:"Tudo sobre minha mãe" (1999). 

Vencedor do Oscar e Globo de Ouro de "Melhor Filme Estrangeiro", o longa retrata o luto de uma mãe, que ao perder seu filho, lê no diário do garoto sobre o desejo de conhecer o pai. A partir de então, essa mãe viaja a Barcelona para encontrar o pai e no meio de toda essa dor, ela encontra a ajuda de um travesti, uma atriz lésbica e uma freira grávida. Filme incrível, cheio de nuances e interpretações perfeitas. Mais um filme que todos devem assistir o quanto antes!

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Três anos depois, o cineasta mais uma vez encantou plateias de todo o mundo com "Fale com Ela" (2002), também um dos meus filmes preferidos. Vencedor do Oscar de "Melhor Roteiro Original" e Globo de Ouro de "Melhor Filme Estrangeiro", ele conta a história de dois homens que se tornam amigos num hospital, enquanto suas mulheres estão em coma. Imaginem vocês, passar uma parte de suas vidas dentro de um hospital ao lado do seu grande amor, que está em coma. O filme definitivamente é tocante, forte e pesado.

Em 2004 veio outra obra brilhante: "Má Educação", um longa polêmico e que deu um tapa na cara da Igreja Católica ao retratar pedofilia e homossexualidade entre padres. E como se não bastasse, temos o lindíssimo Gael Garcia Bernal enchendo os nossos olhos com sua beleza e talento.

Nos últimos anos, Pedro Almodóvar tem trabalhado constantemente com a atriz Penélope Cruz, como nos filmes "Volver" (2006) e "Abraços Partidos" (2009) e agora em 2013 lançou "Os Amantes Passageiros", onde dirige mais uma vez Antonio Banderas e também, é claro, Penélope Cruz. Mas desta vez os dois atores fizeram apenas uma participação especial. Este último trabalho não tem agradado tanto ao público e crítica, inclusive ficou de fora dos filmes espanhóis que vão tentar concorrer ao Oscar no próximo ano, e ao que me parece, o diretor está numa fase de entressafra.

Mas nada disso tira o brilho e a monstruosidade de sua carreira, que estará para sempre na memória e no imaginário do cinema internacional. Pedro Almodóvar é um diretor indispensável para o conhecimento de quem deseja trabalhar no cinema e na televisão, afinal, suas histórias transcendem qualquer época e nos fazem refletir sobre valores morais e éticos da nossa sociedade. Diretor 5 estrelas, facinho!


Crítica publicada no fórum Expertv.
Agradecimento: Starz. 

domingo, 17 de março de 2013

Como escrever Grey's Anatomy

Como escrever o roteiro de 'Grey's Anatomy':

✔ Comece com uma reflexão da Meredith Grey fazendo analogias entre procedimentos cirúrgicos e a sobrevivência:
- amorosa, - das próprias amarguras, - sobre como é tão difícil adaptar-se às mudanças.

✔ É imprenscidível mostrar:
- o Karev mal-humorado, - Yang sendo sarcástica e humilhando os internos, - quebrar a seriedade da dra. Bailey com piadinhas e cenas engraçadinhas, sempre com a dra. Callie, - mostrar a April-boazinha-mas-cheia-de-limites querendo salvar o mundo, - Arizona sofrendo por querer ser racional demais, - Meredith e Derek falando sobre a febre, as roupinhas ou a creche da Zola, - Richard Webber sendo sábio e dando conselhos para todos.

✔ Crie conflitos entre os médicos:
- eles não concordam com algum método de cirurgia; - eles não confiam na capacidade de algum outro médico, - surge um personagem super irritante que causa ódio em todos, querendo quebrar a rotina deles, - eles escondem segredos entre si, - eles lutam contra os sentimentos amorosos.

✔ Aumente a tensão entre as relações dos personagens:
- faça eles transarem uns com os outros irresponsavelmente (jamais deixe um episódio sem alguma cena de sexo culpado no hospital e com o bip tocando sem parar),
- use e abuse dos triângulos ou quadrados amorosos,
- eles temem o casamento e pensam apenas em trabalho,
- provoque cenas de alto estresse emocional: acidentes, tiroteios, mortes inesperadas, casamentos fracassados, traumas, câncer, depressão, tentativas de suicídio e falências.
- mate personagens, para sacudir ainda mais o lado psicológico dos personagens.

✔ Como fechar os episódios:
- Karev percebe o quanto é egoísta, após algum puxão de orelha da Meredith ou algum outro personagem. Ele se arrepende das merdas, faz uma atitude fofinha, evolui como ser humano e mostra um lado sensível.
- Sempre lembre os espectadores, que a Yang apesar de ser fodona, é humana.
- Jamais esquecer de colocar o Richard Webber como o Dumbledore do Seattle Grace,
- Resolva todos os conflitos dos personagens com uma conversa singela e frases impactantes, seja no bar do Joe, com todos sendo vidaloca tomando tequila, ou no trailer do Derek.
- Troque os pares românticos mais uma vez.
- E é claro, mate mais um personagem, de preferência aquele super querido que todos os fãs estão amando.